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Brasília, 2025 – O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) se tornou oficialmente alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito que apura a atuação de uma suposta estrutura clandestina de espionagem, conhecida como “Abin Paralela”.

O caso, que já vem sendo considerado um dos mais sensíveis do período em que Jair Bolsonaro ocupava a Presidência da República, coloca mais um membro da família do ex-presidente sob o foco das autoridades.

O que é a “Abin Paralela”?

A expressão “Abin Paralela” refere-se a uma suposta rede de monitoramento e vigilância que teria funcionado de forma não oficial e sem respaldo legal durante o governo Bolsonaro.

Essa estrutura paralela, segundo as investigações, teria utilizado recursos públicos e tecnológicos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para realizar espionagem política e institucional, fora dos trâmites legais e sem o controle dos órgãos competentes.

As suspeitas incluem o uso de softwares de monitoramento, acesso indevido a informações confidenciais e possível intimidação de adversários políticos e membros do Judiciário.

O Depoimento de Carlos Bolsonaro

Carlos Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal em Brasília como parte do aprofundamento das investigações.

A oitiva ocorreu de forma reservada, e o conteúdo ainda não foi divulgado oficialmente.

No entanto, fontes próximas à investigação indicam que o vereador do Rio de Janeiro seria um dos principais articuladores dessa estrutura informal, com forte influência nos bastidores do governo do pai.

De acordo com os investigadores, há indícios de que Carlos teria participado da coordenação de ações de inteligência não autorizadas, com o apoio de servidores públicos ligados à Abin e a outros órgãos federais.

A Família Bolsonaro no Alvo das Investigações

Este não é o primeiro caso envolvendo membros da família Bolsonaro em investigações federais.

Flávio Bolsonaro, senador pelo Rio de Janeiro, já foi alvo de denúncias relacionadas ao esquema das “rachadinhas”.

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Jair Renan, outro filho do ex-presidente, também foi citado em investigações de caráter patrimonial e empresarial.

Agora, com Carlos no centro de uma apuração que envolve segurança nacional e possível uso indevido de sistemas de inteligência, o cerco jurídico à família Bolsonaro se intensifica.

Implicações Políticas e Jurídicas

O caso da “Abin Paralela” é considerado um dos mais delicados da era Bolsonaro, por envolver diretamente órgãos de Estado que deveriam atuar com imparcialidade e dentro dos limites da Constituição.

Caso as acusações se confirmem, os envolvidos podem responder por crimes como formação de organização criminosa, violação de sigilo funcional, abuso de autoridade e improbidade administrativa.

Além disso, o envolvimento de Carlos Bolsonaro levanta questionamentos sobre o grau de influência da família presidencial nas estruturas de poder e reforça a necessidade de maior fiscalização sobre o uso de recursos estatais por autoridades eleitas.

A investigação sobre a Abin Paralela promete ter desdobramentos profundos no cenário político brasileiro.

Com Carlos Bolsonaro agora formalmente inserido no inquérito, cresce a pressão por esclarecimentos e transparência.

A sociedade e os órgãos de controle acompanham de perto os próximos passos da Polícia Federal e do Ministério Público, em um processo que pode revelar o funcionamento de uma estrutura de poder oculta no coração do Estado brasileiro.

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