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Cajamar (SP), abril de 2025 – O assassinato da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, continua a mobilizar as autoridades e comover o país.
Desde que seu corpo foi encontrado com sinais de tortura e perfurações por faca em uma área de mata, o caso tem ganhado novos contornos, especialmente após o surgimento de inconsistências na confissão do único suspeito preso, Maicol Antonio Sales dos Santos.
Com a investigação em andamento, a polícia agora trabalha com a hipótese de envolvimento de outras pessoas no crime.
Maicol Antonio é o principal suspeito, mas novas contradições mudam os rumos da investigação
Maicol Antonio, de 23 anos, foi preso em 8 de março de 2025 após confessar que teria matado Vitória Regina por vingança, motivado por rejeição amorosa.
Segundo ele, os dois teriam se encontrado e, após uma discussão, ele a levou para uma área de mata, onde cometeu o assassinato com golpes de faca.
No entanto, a versão apresentada por Maicol logo entrou em contradição com outras provas colhidas durante o inquérito.
A perícia apontou que Vitória sofreu sinais claros de tortura, e o corpo apresentava três perfurações — no pescoço, rosto e tórax —, além de evidências de que ela tentou se defender.
Esses elementos indicam que o crime pode ter sido mais complexo do que uma ação isolada, o que levou a Polícia Civil a abrir novas linhas de investigação.
Além disso, a defesa de Maicol afirma que a confissão foi obtida sob coação.
Ele teria sido deixado sozinho na delegacia, sem a presença de seus advogados, e ameaçado por agentes.
Segundo a defesa, ele só confessou o crime por temer pela integridade da sua mãe e de sua esposa, após ter sido intimidado.
Justiça prorroga prisão de Maicol e polícia agora investiga a atuação de possíveis cúmplices
Diante da possibilidade de o crime ter contado com nmais evolvidos, a Justiça de São Paulo autorizou, em 4 de abril, a prorrogação da prisão temporária de Maicol por mais 30 dias.
A nova etapa da investigação foca em identificar se outras pessoas participaram ativamente do sequestro, tortura ou execução da vítima.
As autoridades trabalham com a hipótese de que o assassinato de Vitória não tenha sido apenas motivado por vingança pessoal, mas sim por circunstâncias ainda desconhecidas, com envolvimento de terceiros.
A natureza dos ferimentos e o local onde o corpo foi deixado também reforçam a tese de uma ação orquestrada.
O caso agora passa a ser analisado como um crime mais complexo e premeditado.
A Polícia Civil já teria nomes de pessoas próximas a Maicol que estão sendo investigadas e poderão ser ouvidas nos próximos dias.
Reconstituição do crime marcada para 22 de abril pode ser decisiva para elucidar o caso
Com as investigações em curso e as contradições no depoimento de Maicol, a Polícia Civil agendou para o dia 22 de abril a reconstituição oficial do crime.
Esse procedimento é visto como fundamental para confrontar a confissão do suspeito com os dados técnicos da perícia, além de permitir a verificação de elementos do local do crime que ainda permanecem sem explicação.
A família de Vitória, por meio de advogados, pediu que a reconstituição ocorra com transparência e acompanhamento técnico, considerando a gravidade do crime e a necessidade de justiça.
A expectativa é que essa etapa traga respostas mais concretas sobre a cronologia e dinâmica do assassinato.
Enquanto isso, a comoção pública continua.
Movimentos sociais, coletivos feministas e internautas têm mantido ativa a hashtag #JustiçaPorVitória, cobrando apuração rigorosa e punição exemplar aos envolvidos.
O caso reacende o debate sobre a violência contra jovens mulheres no Brasil e o papel do Estado na proteção da vida de adolescentes vulneráveis.
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