H0mem com Ep!lepsia é M0rto por seu Própri0 PitbuIl durante cr!se. Veja mais detalhes
No dia 14 de abril de 2024, um caso trágico ganhou destaque nacional: um homem de 30 anos, identificado como Hugo Otávio Tobias, foi atacado e morto por seu próprio cachorro da raça pitbull, em Mogi Mirim, interior de São Paulo.
Segundo relatos de familiares e testemunhas, Hugo sofreu uma crise convulsiva no quintal de casa.
Durante o episódio, o pitbull — que pertencia à vítima — avançou sobre ele e o atacou violentamente, com mordidas no pescoço. Infelizmente, Hugo não resistiu aos ferimentos e faleceu no local antes da chegada do socorro.
O cachorro foi contido?
Sim.
Um guarda municipal, vizinho da vítima, ouviu os gritos e tentou intervir.
Ao chegar no local, se deparou com a cena do ataque e, para proteger a integridade dos familiares que também estavam na casa, foi obrigado a atirar no animal, que acabou morrendo no local.
Repercussão do caso
O episódio gerou comoção nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a criação de cães da raça pitbull, frequentemente associada a casos de agressividade, apesar de muitos tutores defenderem a raça como dócil quando bem criada.
A comoção foi ampliada pelo fato de a vítima ser uma pessoa com epilepsia, o que levantou uma questão delicada: a segurança de pessoas com condições de saúde vulneráveis ao conviverem com cães de raças fortes e reativas.
Casos semelhantes recentes
Esse não foi um caso isolado. Apenas nove dias antes, a escritora Roseana Murray também foi brutalmente atacada por três cães da raça American Bully, no estado do Rio de Janeiro.
Ela sobreviveu, mas sofreu mutilações graves, incluindo a perda de um braço.
Cães da raça pitbull são perigosos?
A raça não é necessariamente agressiva por natureza, mas tem características físicas potentes: mandíbula forte, musculatura desenvolvida e alto nível de energia.
Especialistas explicam que:
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A criação inadequada e a falta de socialização são os principais fatores de risco para comportamentos violentos.
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Estímulos visuais e sonoros intensos podem ativar o instinto de defesa, especialmente durante situações incomuns — como no caso de uma convulsão.
Dicas de segurança ao conviver com cães de raças fortes
Mesmo cães dóceis podem reagir de forma inesperada.
Veja alguns cuidados essenciais:
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Socialize o animal desde filhote com pessoas e outros animais.
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Evite estímulos violentos ou treinamentos baseados em punição.
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Nunca deixe o cão sozinho com pessoas vulneráveis, como crianças, idosos ou pessoas com convulsões frequentes.
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Use equipamentos de segurança ao sair com o animal, como guia curta e focinheira (quando necessário).
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Invista em adestramento profissional com reforço positivo.
Existe lei para cães perigosos no Brasil?
Não há uma legislação federal específica que proíba ou regule a criação de raças como pitbull, rottweiler ou doberman.
No entanto, leis estaduais e municipais podem exigir:
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Uso de focinheira em espaços públicos
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Registro obrigatório do animal
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Aplicação de vacinas e microchip
A morte de Hugo Tobias escancarou a urgência de se discutir responsabilidade na criação de cães de raças fortes, especialmente em lares com pessoas vulneráveis.
Embora tragédias como essa sejam raras, elas mostram que o afeto não substitui o controle e a prevenção.
Criação consciente e educação canina são fundamentais para garantir segurança — tanto para o tutor quanto para a comunidade.
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