Mulher Vai Para UPA com Dor no Dente e Sai M0rta Após Eles Puxar…Ver mais
A morte trágica da dona de casa Conceição dos Santos da Silva, de 34 anos, após um atendimento odontológico em Cidade Campestre, bairro de Macaíba (RN), gerou forte comoção entre moradores, familiares e amigos.
O que seria um procedimento simples para alívio de uma dor de dente terminou em desespero, revolta e suspeitas de negligência médica.
Segundo testemunhas, Conceição entrou no consultório andando, tranquila e aparentemente saudável.
Poucos minutos depois, passou mal ainda na cadeira do dentista e não resistiu.
A morte precoce da jovem mãe gerou não só luto, mas um profundo questionamento sobre a estrutura de saúde oferecida na Região Metropolitana de Natal.
Como tudo aconteceu: da consulta ao desfecho inesperado
De acordo com os familiares, Conceição procurou atendimento odontológico reclamando de dor intensa.
A consulta foi realizada em uma unidade de saúde conveniada próxima à sua casa, onde ela já havia sido atendida anteriormente.
Durante o procedimento, Conceição começou a sentir tontura, falta de ar e desorientação.
Segundo relatos, não havia equipamentos de suporte à vida no local, e os profissionais demonstraram nervosismo ao tentar socorrê-la.
A ambulância do SAMU demorou a chegar, e a dona de casa acabou falecendo antes de ser encaminhada ao hospital.
Até o momento, não há confirmação oficial da causa da morte, mas a hipótese mais cogitada é que ela tenha sofrido uma reação alérgica grave (anafilaxia) à anestesia local, algo que, embora raro, requer intervenção imediata — o que não aconteceu de forma eficaz.
Comunidade se une em luto e indignação
A notícia da morte de Conceição rapidamente se espalhou pelas redes sociais e ruas do bairro. Amigos organizaram vigílias, caminhadas e manifestações pedindo justiça.
A dor da perda se mistura com a revolta diante da falta de estrutura médica.
“É revoltante.
Ela era jovem, saudável e morreu por falta de socorro adequado.
Isso não pode acontecer em pleno 2025.
Cadê o suporte de emergência?
Cadê o preparo dos profissionais?”, disse uma amiga da vítima durante um protesto simbólico realizado em frente à unidade de saúde.
Moradores de Cidade Campestre denunciam falhas crônicas na saúde pública
O caso de Conceição é mais um episódio que expõe uma realidade já conhecida por muitos moradores da região: a precariedade no atendimento médico e odontológico em Macaíba.
Segundo denúncias de populares, há falta de medicamentos, carência de profissionais capacitados, demora no atendimento de emergência e estruturas mal equipadas para lidar com qualquer situação fora do básico.
Moradores relatam que postos de saúde funcionam com limitações graves, e que casos como o de Conceição poderiam ser evitados se houvesse preparo mínimo para emergências.
A falta de desfibriladores, oxigênio e medicamentos básicos em consultórios odontológicos é apontada como um risco constante.
Família busca respostas e cobra responsabilidade
A família de Conceição dos Santos da Silva já registrou um boletim de ocorrência e pede investigação rigorosa por parte da Polícia Civil do Rio Grande do Norte.
O caso também foi encaminhado ao Conselho Regional de Odontologia (CRO-RN), que deve apurar se houve imprudência, imperícia ou negligência por parte do profissional responsável.
“Minha irmã não merecia morrer assim. Ela saiu de casa para cuidar da saúde e voltou dentro de um caixão.
Queremos justiça, queremos respostas. Isso não pode ficar impune”, declarou, emocionado, o irmão da vítima.
Especialistas comentam: o que diz a legislação sobre emergências odontológicas?
De acordo com especialistas em odontologia e direito médico, consultórios odontológicos são obrigados a manter kits de primeiros socorros, inclusive com medicamentos para reações alérgicas graves, como adrenalina.
A ausência desses recursos, somada à incapacidade de acionar rapidamente o socorro de emergência, pode configurar negligência.
Além disso, todo profissional de saúde precisa estar preparado para agir diante de intercorrências, mesmo que sejam raras.
A legislação exige treinamentos regulares e protocolos atualizados para garantir a segurança do paciente.
Tragédia que expõe uma realidade cruel
O caso de Conceição dos Santos da Silva é mais do que uma fatalidade: é um reflexo cruel das falhas no sistema de saúde pública no Brasil, especialmente em cidades do interior e regiões periféricas.
Uma tragédia que poderia ter sido evitada com estrutura adequada, atendimento humanizado e profissionais capacitados.
Enquanto a dor da perda continua viva entre os que conheciam Conceição, a comunidade de Cidade Campestre se une em um grito por mudança.
Eles pedem não apenas justiça por uma vida que se foi, mas respeito por tantas outras que ainda dependem de um sistema de saúde funcional para sobreviver.
Uma morte que não pode ser em vão
A história de Conceição precisa ser ouvida, compartilhada e lembrada como símbolo da luta por uma saúde pública digna.
A tragédia que abalou Cidade Campestre deve servir como alerta para autoridades municipais, estaduais e federais: vidas estão sendo perdidas por falhas evitáveis.
É urgente rever protocolos, investir em estrutura, fiscalizar unidades de saúde e valorizar a formação dos profissionais.
Que a morte de Conceição dos Santos da Silva não seja apenas mais um número, mas um marco de mudança real.
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