Da cabeça aos pés: saiba reconhecer todos os sinais de diabetes. “Dor ao ur… Ver mais

A diabetes é uma doença metabólica crônica que, quando não tratada, pode causar uma série de complicações graves.

Entre as principais estão problemas cardíacos, renais, visuais e neurológicos.

Apesar de ser conhecida como uma doença silenciosa, existem sinais claros e fatores de risco que devem ser observados para um diagnóstico precoce e eficaz.

A endocrinologista Larissa Figueiredo, consultora do Sabin Diagnóstico e Saúde, reforça a importância do acompanhamento regular para prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida.

Fatores de Risco e Importância do Diagnóstico Precoce

O acompanhamento regular da saúde é essencial para todas as pessoas, mas especialmente para aquelas com maior risco de desenvolver diabetes.

Segundo a dra. Larissa, pessoas com histórico familiar da doença ou condições como obesidade devem redobrar a atenção aos níveis de glicemia.

A realização de check-ups anuais é um passo importante para detectar precocemente qualquer alteração nos níveis de açúcar no sangue.

 

A endocrinologista alerta ainda que a diabetes pode se manifestar de forma sutil, mas há sinais que merecem atenção:

  • Sensação de cansaço constante e irritabilidade;
  • Visão turva;
  • Sede excessiva;
  • Fome frequente;
  • Boca seca;
  • Feridas que demoram a cicatrizar;
  • Formigamento nas extremidades (pés e mãos);
  • Perda de peso inexplicada;
  • Coceira na pele e nas regiões íntimas, frequentemente associada à candidíase;
  • Vontade frequente de urinar;
  • Manchas escuras na pele, conhecidas como acantose nigricante;
  • Infecções recorrentes.

Tipos de Diabetes: Diferenças e Características

De acordo com o cardiologista Abrão Cury, do Hcor – Hospital do Coração, existem dois tipos principais de diabetes:

Diabetes Tipo 1

Este tipo tem origem autoimune, sendo mais frequente em crianças, adolescentes e, ocasionalmente, adultos jovens.

A doença ocorre quando o sistema imunológico ataca as células beta do pâncreas, que produzem insulina.

Os sintomas incluem:

  • Fraqueza intensa;
  • Náuseas e vômitos;
  • Mudanças de humor;
  • Perda de peso rápida.

Diabetes Tipo 2

Mais comum em adultos, este tipo está associado à resistência à insulina, ou seja, o corpo não utiliza o hormônio de forma eficaz.

Os sintomas aparecem gradualmente e incluem:

  • Formigamento nas mãos e pés;
  • Infecções frequentes;
  • Visão embaçada;
  • Lentidão na cicatrização de feridas.

Como a Diabetes é Diagnosticada?

O diagnóstico da diabetes é feito por meio de uma combinação de avaliação clínica, histórico médico e exames laboratoriais.

Entre os principais exames estão:

  • Glicemia de Jejum: Mede os níveis de glicose no sangue após um período mínimo de oito horas sem alimentação. Valores acima de 126 mg/dL indicam diabetes.
  • Hemoglobina Glicada (HbA1c): Avalia a média da glicose nos últimos três meses, sem a necessidade de jejum. Valores iguais ou superiores a 6,5% sugerem diabetes.
  • Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG): Realizado em laboratório, o exame verifica como o corpo processa a glicose após a ingestão de uma solução rica em açúcar.

Esses exames, quando combinados com a análise de sintomas e histórico médico, são fundamentais para confirmar o diagnóstico.

Tratamento e Prevenção: Caminhos para o Controle

Prevenção do Tipo 1

Como está fortemente relacionada a fatores genéticos, a prevenção do diabetes tipo 1 é limitada.

No entanto, hábitos saudáveis podem ajudar na detecção precoce e no manejo da doença.

Prevenção do Tipo 2

O diabetes tipo 2, por outro lado, pode ser amplamente prevenido por meio de mudanças no estilo de vida, como:

  • Alimentação equilibrada: Priorizar alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais e grãos integrais, enquanto se evita o consumo excessivo de açúcares e gorduras saturadas.
  • Prática regular de atividades físicas: Pelo menos 150 minutos semanais de exercícios moderados ajudam a melhorar a sensibilidade à insulina.
  • Controle do peso corporal: Manter um índice de massa corporal (IMC) saudável reduz significativamente o risco de resistência à insulina.

Tratamento do Diabetes

O tratamento da diabetes varia conforme o tipo:

  • Diabetes Tipo 1: Exige o uso diário de insulina, monitoramento frequente da glicemia e ajustes alimentares.
  • Diabetes Tipo 2: Pode ser controlada com medicamentos orais, como metformina, em conjunto com mudanças no estilo de vida. Em alguns casos, o uso de insulina também pode ser necessário.

Em ambos os casos, a adesão a um plano alimentar equilibrado e a incorporação de atividades físicas são essenciais para o sucesso do tratamento.

Complicações da Diabetes: A Importância do Controle

Sem o devido cuidado, a diabetes pode levar a sérias complicações, como:

  • Problemas cardiovasculares: Infarto, derrame e hipertensão arterial.
  • Doenças renais: Insuficiência renal crônica, muitas vezes exigindo diálise.
  • Complicações oculares: Retinopatia diabética, catarata e risco de cegueira.
  • Neuropatia diabética: Perda de sensação nos pés e mãos, que pode levar a úlceras e amputações.
  • Pé diabético: Feridas crônicas que dificultam a cicatrização e aumentam o risco de infecções graves.

A diabetes é uma doença crônica que exige atenção contínua, tanto na prevenção quanto no controle.

O diagnóstico precoce, aliado a um estilo de vida saudável, pode reduzir significativamente os riscos de complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Para aqueles com maior risco ou que apresentam sintomas suspeitos, a realização de exames e consultas regulares é essencial.

Com informação, prevenção e tratamento adequados, é possível viver bem mesmo com a doença.

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